A possibilidade de cortes no oramento da União para o ano que vem, em razão da crise financeira econômica mundial, mobilizou a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação, Undime e uma série de outras entidades ligadas ao ensino, que se reuniram esta semana em Brasília.

As diversas entidades tiveram um encontro na última quarta-feira com o Relator Geral do Orçamento do Congresso Nacional, Senador Delcídio Amaral, buscando apoio do legislativo para evitar qualquer tipo de redução na área educacional.

Para o Secretário Municipal de Educação de Florianópolis e Presidente da Undime em Santa Catarina, Rodolfo Joaquim Pinto da Luz, "a conjuntura internacional desfavorável evidencia a necessidade de consolidação de um projeto nacional de desenvolvimento sustentável e soberano do país, com vistas a inclusão social e promoção da cidadania e da igualdade de direitos". Desta forma, acrescenta Pinto da Luz, que representou no encontro a Undime nacional, "a educação tem papel estratégico e ao mesmo tempo a dívida social acumulada exige ações permanentes e qualquer interrupção pode comprometer gerações inteiras".

As diversas entidades educacionais, em parceria com outros setores, como a CUT, lançaram um manifesto visando barrar algum tipo de redução de aplicações na educação, mas aumentar o PIB da área para 7%, uma vez que atualmente está em torno de 4%. As entidades querem ainda implementação do piso salarial nacional do magistério, que seria de 950 reais.

O manifesto reivindica ainda a aprovação pelo Senado e Câmara de Deputados de matéria que trata da regressividade da Desvinculação das Receitas da União (DRU) no cálculo da aplicação de recursos na manutenção e desenvolvimento do ensino. A DRU já desviou 100 bilhões de reais da educação desde sua implantação em 1995.

Fonte - Assessoria de Imprensa da Secretaria Municipal de Educação de Florianópolis